quinta-feira, 21 de julho de 2011

Lapso

Uma linha do tempo liga nós dois.
Buscando uma menina que não existe mais,
Você me observa.

Encontrando aquilo que eu sempre buscava,
Te observo, assustada.
"Sempre tão perto estava".

Mas oque fazer além da reconciliação profunda
Com nossas vidas.
E a aceitação que em outra época
Não havia oque há hoje.

Não existiam elementos para enxergar,
Sendo assim não há oque lastimar.
E sim, aceitar oque a vida nos brinda,
Agradecendo a oportunidade de crescer, rever e avançar.

Na linha do tempo cada um
Segura uma ponta,
Um a ponta do passado,
Outro a ponta do futuro.

No meio de tudo,
Nos encontramos no presente,
No que será que tudo vai dar?
Oque mais há a aprender?

Os tempos se misturam,
Passado, futuro e presente.
E por um lapso nesses tempos
Nossas histórias se cruzam outra vez.

Oh Alma minha, donde vem essa
Nostalgia daquilo que não vivi?
Por que agora a releitura do que passou se apresenta?
Se o que transcende essa vida são as recordações e ações vividas,
Esperarei, mente reflexiva, segurando uma ponta da linha do tempo,
Que por um plano maior(?) me foi concedida.

Esperarei, sem pressa, pois as maiores compreensões vem da espera humilde.
E talvez em outro lapso, esse Universo conspirador.
Nos conceda um novo encontro nesse tempo/espaço,
Onde possamos compreender desde outra profundidade,
Tudo que nos foi ocorrido.

Cristiane Prudenciano

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